O que é a santidade? Muitas pessoas pensam que nos tornamos santos pela extirpação de alguma coisa má dentro de nós. Não, tornamo-nos santos desde que sejamos separados para Deus. Nos tempos do Antigo Testamento o homem escolhido para ser inteiramente de Deus era publicamente ungido com azeite, e dizia-se então estar "santificado". Daí em diante era considerado como posto à parte para Deus. De igual modo, os animais e até as coisas - um cordeiro ou o ouro do templo — podiam ser santificados, não pela extirpação de alguma coisa má neles, mas sendo assim reservado exclusivamente para o Senhor. "A santidade", no sentido hebraico, significava, pois, "posto à parte", e toda verdadeira santidade é santidade ao Senhor (Êx 28.36). Dou-me inteiramente a Cristo: isto é santidade.
Oferecer-me a Deus implica o reconhecimento de que sou inteiramente dEle. Este ato de me dar ao Senhor é uma coisa definida, tão definida como o reconhecimento. Deve haver um dia, na minha vida, em que passo das minhas próprias mãos para as dEle, e desse dia em diante pertenço-Lhe e não mais a mim mesmo. Isso não significa que eu me consagro para ser pregador ou missionário. Infelizmente, muitos são missionários, não porque, no sentido que estamos considerando, verdadeiramente se tenham consagrado a Deus, mas porque não se consagraram a Ele. "Consagraram", como diriam, algo inteiramente diferente: as suas faculdades naturais, não crucificadas, para realizar o Seu trabalho; esta, porém, não é a verdadeira consagração. Então a que devemos nós ser consagrados? Não ao trabalho cristão, e, sim, à vontade de Deus para ser e fazer o que Ele desejar. (Watchmann Nee – Trecho do Livro: Vida Cristã Normal)
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